
Podendo ser utilizados somente para leitura, os suportes para livros digitais - ou e-book - são pequenos aparelhos com ecrã em cristal líquido e em formato de um livro tradicional, que podem conter várias obras, dependendo da capacidade de memória.
Este tipo de máquinas começaram a ser comercializadas nos Estados Unidos da América em 1998, mas na Europa a sua projecção está a ser gradual, com algumas aparições nos meios literários europeus feitas no Salão do Livro de Paris e na Feira do Livro de Frankfurt, onde despertaram a curiosidade dos visitantes.
Em terras lusitanas, continuam a ser uma curiosidade, até porque os preços são ainda bastante elevados.
Para o editor da Verbo Editora e membro da direcção da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) João Miguel Guedes o livro electrónico «em termos imediatos não vai competir com o papel, da mesma forma que o cinema não levou ao desaparecimento do teatro».
Da Areal Editora – especializada em livros escolares -, Zita Areal não partilha esta opinião e, mostrou-se convicta de que o advento do livro digital representa um «novo paradigma» que o sector tradicional do livro vai ter de aceitar.
«Esta é uma cultura emergente impossível de ignorar. Se os editores não se associarem a ela poderão ser ultrapassados porque o livro digital será algo banal dentro de uma década.» Em Portugal já se comercializam e-book com diversas características. Adquirido o aparelho, basta entrar na Internet e procurar as editoras digitais, consultar os catálogos de livros em inglês, francês e português e comprar.
(Diário digital, dia 13-12-2000)
Assinado: Sandra Silva
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